Segundo o Mapa da Nova Pobreza, da Funda\u00e7\u00e3o Get\u00falio Vargas, entre 2019 e 2021, mais de 9 milh\u00f5es de brasileiros entraram na linha de pobreza. Ainda de acordo com o levantamento, 29,6% da popula\u00e7\u00e3o brasileira vive com a renda per capita de at\u00e9 R$ 497,00. A porcentagem corresponde a 62,9 milh\u00f5es de pessoas.<\/p>\n\n\n\n

Consta no estudo dados de cada estado brasileiro. De acordo com este levantamento, 31,65% dos rondonienses vivem com renda per capita de at\u00e9 R$ 497,00 e isso classifica Rond\u00f4nia como o segundo estado que mais empobreceu durante o per\u00edodo, perdendo apenas para Pernambuco.<\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n

Diante de dados recentes que comprovam a crescente pobreza no Brasil e em Rond\u00f4nia, o pr\u00e9-candidato a deputado federal Vinicius Miguel<\/strong> (PSB) usou as redes sociais para levantar o debate sobre a renda m\u00ednima.<\/p>\n\n\n\n

\u201cA medida \u00e9 fundamental para o combate \u00e0 desigualdade social e para ampliar o desenvolvimento econ\u00f4mico. \u00c9 com a renda b\u00e1sica que se aprofunda o consumo, gerando demanda nas comunidades e, com isso, gerando todo um circuito ben\u00e9fico para a sociedade, com mais empregos e mais renda\u201d, explicou Vinicius Miguel.<\/p>\n\n\n\n

A renda m\u00ednima ou Renda B\u00e1sica Universal (RBU) \u00e9 uma ideia de pol\u00edtica p\u00fablica de transfer\u00eancia de renda criada para beneficiar cidad\u00e3os sem nenhuma condi\u00e7\u00e3o pr\u00e9-estabelecida. Essa ideia foi elaborada contemporaneamente pelo fil\u00f3sofo e economista belga Philippe Van Parijs, que acredita que a RBU deveria propiciar uma renda alta o suficiente para garantir uma vida sem priva\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Para que seja considerada Renda B\u00e1sica Universal deve seguir quatro crit\u00e9rios: 1) A transfer\u00eancia de recursos deve ser regular e peri\u00f3dica; 2) Todos os membros de uma fam\u00edlia, incluindo crian\u00e7as e jovens, devem ter direito de receber os recursos; 3) Os recursos devem ser pagos a todos e n\u00e3o precisam ser necessariamente focados nos mais vulner\u00e1veis; 4) A RBU deve ser incondicional e sem exig\u00eancias de comportamentos espec\u00edficos, como a obrigatoriedade de procurar emprego, ou de condi\u00e7\u00f5es para utilizar servi\u00e7os, como acompanhamento de sa\u00fade ou matr\u00edcula de crian\u00e7as no sistema educacional.<\/p>\n\n\n\n

A Renda B\u00e1sica Universal voltou ao centro dos debates pol\u00edticos do mundo inteiro ap\u00f3s a experi\u00eancia bem-sucedida das pol\u00edticas emergenciais de transfer\u00eancia de renda adotadas por diferentes pa\u00edses para proteger suas respectivas popula\u00e7\u00f5es dos efeitos da pandemia de Covid-19. <\/p>\n\n\n\n

Esses programas emergenciais se mostraram muito eficientes em garantir a sobreviv\u00eancia das pessoas – em especial dos mais vulner\u00e1veis – em um cen\u00e1rio de alta infla\u00e7\u00e3o, amplia\u00e7\u00e3o da pobreza e aumento da fome.<\/p>\n\n\n\n

No caso do Brasil, o Aux\u00edlio Emergencial elaborado pelo Congresso foi fundamental para minimizar os efeitos da pandemia e da crise econ\u00f4mica no pa\u00eds. Al\u00e9m de diminuir a desigualdade de renda e reduzir a pobreza, o programa ajudou a arrefecer uma recess\u00e3o de propor\u00e7\u00f5es hist\u00f3ricas. Com a descontinua\u00e7\u00e3o do programa em 2021 os \u00edndices de pobreza voltaram a subir e escancararam a depend\u00eancia que os mais vulner\u00e1veis t\u00eam do Estado.<\/p>\n\n\n\n

Segundo um estudo do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades, da FEA-USP, sem o Aux\u00edlio Emergencial, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro teria ca\u00eddo entre 8,4% e 14,8% em 2020 \u2013 muito pior que o resultado registrado de 4,1%.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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